Na produção animal, o uso de antimicrobianos é permitido no Brasil. Estes são utilizados principalmente como aditivos promotores de crescimento. Em termos internacionais, as barreiras contra o seu uso são cada dia mais restritivas, exigindo preparo e adequação dos produtores brasileiros frente ao avanço da resistência antimicrobiana e também de restrições dos mercados importadores.
“A resistência antimicrobiana não pode ser resolvida por apenas um país. É necessário uma abordagem conjunta, de forma integrada. Os antibióticos, se mal utilizados, representam risco à segurança de animais e seres humanos”, aponta Marcus Bruschini, gerente de produto de Aves e Suínos da Trouw Nutrition.
As soluções nutricionais funcionam como auxiliadores na proteção das aves e suínos, para garantir sanidade e produtividade nas granjas. Mas outros fatores são determinantes durante o processo de redução do uso de antimicrobianos. A nutrição precisa ir além de oferecer apenas nutrientes aos animais. Ela engloba controle de qualidade das matérias-primas, digestibilidade, serviços técnicos, segurança alimentar e preservação ambiental.
Com o objetivo de colaborar para o movimento e fornecer aos produtores ferramentas para garantir a produção livre de antibióticos, a Trouw Nutrition criou TNBIO. Além de oferecer soluções nutricionais completas, o serviço combina produtos de alta tecnologia e qualidade, serviços técnicos, conhecimento global e manejo sanitário para uma produção cada vez mais sustentável.
“Os animais têm potencial genético, que representa sua capacidade de produção, ganho de peso, formação de carne e carcaça até a idade adequada para o abate. Temos de atuar nesse período com as melhores soluções nutricionais para que ele atinja seu desempenho máximo e, claro, sem alterar os custos de produção ”, explica Aleixo Pinheiro, diretor técnico de Monogástricos da Trouw Nutrition.
Além da nutrição, o produtor precisa estar atento para outros fatores, como promover produção mais sustentável e entender os desafios do ambiente que podem levar à contaminação. O planejamento envolve desde a limpeza e desinfecção das granjas até o controle de qualidade da água, essenciais para o alto status de biosseguridade.
“Reduzir o uso de antimicrobianos leva tempo e depende de muitos fatores, que não se resumem em uma fórmula única. Cada propriedade tem suas próprias necessidades e precisam de ferramentas específicas, que se encaixem na rotina das granjas. Realizamos análises laboratoriais para levantar os principais pontos de atenção. A partir dos resultados colhidos, elaboramos o planejamento estratégico, que envolve as expectativas do produtor e seus objetivos de crescimento”, destaca o diretor técnico de Monogástricos.
Aleixo Pinheiro acrescenta que o movimento de retirada e restrição ao uso de antimicrobianos é uma realidade que já está chegando ao Brasil e cabe aos produtores estarem preparados para que o seu negócio não seja afetado. “As ações e alternativas são aplicadas de forma gradativa, buscando entender os reais riscos e soluções que surtem efeito sem impactar no retorno econômico”, diz.
“No mercado interno, já existe demanda para essas soluções e muitos produtores vêm aderindo. Manter os dois sistemas de produção (com e sem antimicrobianos) é pouco vantajoso economicamente para as cadeias de proteína animal do Brasil. Preparar-se e iniciar a adaptação nesse momento favorece a comercialização dos produtos, além de proteger o negócio caso a retirada dos antimicrobianos torne-se obrigatória. Uma transformação como essa para quem não está preparado, significa perder desempenho e lucratividade”, alerta o diretor técnico da Trouw Nutrition.
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