Conhecer o perfil e entender os hábitos do produtor rural ganham cada vez mais importância para definir as estratégias de comunicação e marketing do agronegócio, especialmente em temos de valorização das mídias digitais. “Nunca foi tão importante (e necessário) conhecer bem os produtores, suas preferências, hábitos e desejos. É uma nova geração no campo, perfeitamente adaptada aos novos tempos de comunicação dinâmica e em tempo real”, diz Vera Ondei, editora de Mídia Digital da DBO e moderadora do painel “Se a tecnologia é o caminho para o crescimento, quem vai implantá-la? O produtor rural: perfis, hábitos e a nova geração”, no 13º Congresso de Marketing do Agro ABMRA, iniciativa da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA). “Precisamos falar muito sobre tecnologias no agro e em como implementar esses meios de comunicação para facilitar a vida dos agricultores, fortalecendo ainda mais o agro no Brasil. Afinal, tecnologia combina com produtividade, eficiência, segurança e boas práticas”, assinala a jornalista.

O presidente da ABMRA, Jorge Espanha, reforça a importância da discussão sobre a inovação do Agro 4.0. “Nossa proposta é contribuir e agregar valor para o fortalecimento da imagem do agro. Sabemos que a tecnologia está sendo cada vez mais aceita no campo, porém não podemos esquecer que é preciso ter estratégias de implementação nas propriedades rurais, sempre pensando em todas gerações, inclusive as que estão por vi”.

Marcelo Claudino, diretor Comercial e de Novos Negócios IHS Markit, empresa que está realizando a 8ª Pesquisa ABMRA, abordou o uso das ferramentas digitais para os agricultores, já que 89% ainda não usam nenhum software para auxiliar na gestão da propriedade. “O uso crescente das mídias digitais é indiscutível. Porém, entendo que elas devem se adaptar aos agricultores e não o contrário. Por isso, é necessário que tenham maior flexibilidade e relatórios simples e precisos”.

Um ponto alto do painel foi o debate sobre a agenda do agro, tecnologia e sucessão, reforçando como deve ser o processo de continuidade do negócio de geração para geração. “É preciso entender como será preparada essa sucessão, fazer com que esses jovens interessados passem a aprender com mais facilidade, conciliando a tradição com a inovação”, opina Fabio Matuoka Mizumoto, especialista em sucessão familiar, professor da FGV-EESP e sócio da consultoria Markestrat. “É preciso lidar bem com sociedades dentro da família e organizar a empresa por meio de competência, comando e combinados, sempre usando a favor essa nova geração conectada, curiosa e comprometida”.

Para Eduardo Eugenio Spers, professor Titular da Esalq-USP, coordenador do MarkEsalq e professor da ESPM, existe uma orientação que pode levar ao sucesso da implementação do marketing e da tecnologia no agro: “a união de fatores, como competência, gestão, estratégias, inovação, consumidor final e ambiente, para que possamos desenvolver modelos de gestão eficazes segundo o perfil de cada agricultor”. O ambiente competitivo e institucional deve existir para que haja troca e junção de reconhecimento e recursos e, diante disso, inovar na comunicação dentro e fora do agro. 

“Ainda hoje há pessoas que veem o produtor como o “Jeca Tatu” (personagem criado por Monteiro Lobato) e os jovens produtores como o Chico Bento (personagem do Mauricio de Souza).  O produtor rural se atualizou e busca estar alinhado com tecnologias e inovações que estão acontecendo em todo o mundo. Mas é certo que há um número expressivo dentre as mais de 5 milhões de propriedades rurais existentes no Brasil que ainda trabalha de forma rudimentar. É preciso pensar de forma abrangente e em soluções sobre como levar a tecnologia para aqueles produtores que ainda não tiveram acesso a ela.”, finaliza Ricardo Nicodemos, vice presidente da ABMRA e coordenador do 13º Congresso ABMRA.

Para assistir ao Congresso de Marketing Agro ABMRA na íntegra, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=12gH1xkHV64


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