As universidades estão entre as principais fontes de inovação no Brasil e no mundo.  E com as agtechs – as startups do agronegócio – não é diferente: a maioria das que estão instaladas no País tem alguma relação com a Academia. O desafio é fazer com que os estudantes se aproximem do campo e entendam melhor os problemas e as oportunidades que estas soluções podem levar ao setor. Foi pensando nesta aproximação e seu papel perante o agronegócio brasileiro que a Embrapa vai promover, pelo segundo ano, o Vacathon, um hackaton rural da pecuária de leite.

“No mundo analógico, a parceria entre as universidades e a Embrapa fez do Brasil o grande celeiro agrícola do mundo tropical. E no digital temos que continuar com essa ligação, fazendo uso de todo conhecimento já gerado na pesquisa. Para isso, nada melhor do que realizar este tipo de evento”, diz o chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Gado de Leite, Bruno Carvalho.

De acordo com o censo Agtech Startups Brasil, que ouviu 184 das 300 startups do agronegócio, 55% delas têm alguma relação com a universidades. Essa ligação se dá por meio de convênios formais ou informais, consultoria de professores, trabalhos de extensão ou licenciamentos e tecnologia. Em alguns casos, há professores entre os sócios dessas startups. O entendimento é que a área ainda está engatinhando e tem muito para crescer, e o ambiente é cada vez mais favorável a parcerias com empresas privadas, produtores e investidores.

Com o Vacathon, a Embrapa leva a universidades para dentro dela, destaca o professor da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Márcio Lara. Serão 16 instituições, com times que envolvem alunos de ciências agrárias, cursos ligados a computação e engenharias. “É um trabalho que faz com que os nossos estudantes tenham mais conhecimento além do que se tem na universidade e pode abrir portas para eles no futuro”, avalia Lara.

Na maratona de programação, equipes de instituições de ensino superior do país irão explorar e o conhecimento gerado pelas pesquisas da Embrapa Gado de Leite para desenvolver projetos de software e hardware que respondam aos desafios enfrentados pelos produtores. Durante a etapa de treinamento, chamada de bootcamp, os pesquisadores da Embrapa darão aos participantes informações sobre a produção de leite em fazendas.

O evento também inclui uma visita a um laticínio e uma fazenda de leite, e acesso às plataformas de serviços da  Cisco, Microsoft e BovControl, tudo sob mentoria de pesquisadores da Embrapa e de profissionais das empresas e entidades parceiras do evento.

A Microsoft é uma das empresas que vai oferecer sua plataforma de serviço de nuvem, como máquinas virtuais, plataformas de desenvolvimento, inteligência artificial, banco de dados, Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) e mapas interativos. Executivos da empresa também vão palestrar para os estudantes. “Entendemos que o Vacathon é um celeiro de ideias e inovações. De lá, podem sair projetos para modernizar o segmento da cadeia do leite. Entendemos a importância disso e estamos indo em peso para o evento. É uma parceria que desenvolvemos há dois anos e só tem tido sucesso e projetos inovadores”, diz o gerente-executivo da Microsoft, Davi Arruda.

Para a professora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Patrícia da Silva Nascente, que participou no ano passado, a experiência é muito importante para os alunos. “Conhecer a Embrapa Gado de Leite é incrível. Depois de ver como funciona, começamos a ter ideias sobre as soluções que poderíamos apresentar para melhorar os sistemas de produção”, diz. A professora destaca que é uma oportunidade única de aprendizado. “Tanto a experiência pessoal quanto profissional são importante para os estudantes. A vivência com equipes de outros estados e pessoas de diferentes áreas é um importante envolvimento que muitos nunca tiveram chance de ter”, completa Patrícia.

SERVIÇO

Os estudantes de 16 universidades de Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Goiás vão se reunir em Juiz de Fora e Coronel Pacheco (MG), onde está localizada a Embrapa Gado de Leite, entre os dias 6 e 10 de novembro para o Vacathon. Conheça os times: http://www.ideasformilk.com.br/vacathon-2018/conteudo/vacathon-2018-participantes.

O evento incluirá visitas técnicas e palestras. Os estudantes vão realmente “colocar a mão na massa” a partir do dia 8, quando a maratona de programação em si terá início. Serão dois dias para desenvolver uma solução tecnológica a partir de um problema relacionado aos sistemas de produção de leite.

No sábado, 10, os projetos serão apresentados e o público poderá participar. O ingresso pode ser adquirido no site https://www.sympla.com.br/vacathon-2018—ideas-for-milk__389113. Amigos, familiares, empreendedores, investidores e pessoas interessadas no tema são bem-vindos! O evento será realizado na Embrapa, em Juiz de Fora.


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