Foto: Wenderson Araújo, CNA Brasil

Em webinar, especialista da Biomin destaca a importância e os benefícios do uso precoce de probióticos multiespécies para melhorar o desempenho e o controle de doenças na avicultura.

“Os primeiros dias de vida dos pintos de corte representam uma verdadeira corrida contra o tempo para a formação de uma microbiota benéfica. Existe uma rápida modificação das bactérias nos primeiros 7 dias após a eclosão quando a colonização se inicia. Do 14º até o 21º dia a população bacteriana é estabelecida”. A explicação é do gerente de produtos da Biomin, Luis Valenzuela, durante o webinar “Estudos de casos práticos de sucesso sobre aplicação probiótica na incubação“, realizado pela Biomin, empresa do grupo DSM.

Valenzuela explica que o período inicial é decisivo para as aves e representa de 16 a 20% do seu ciclo de vida. Logo após a eclosão, no primeiro dia, as aves sofrem influência interna e externa. Nesse momento, a higiene extrema pode afetar negativamente o seu microbioma e a resposta imune.  Outro fator estressante é a significante queda da temperatura corporal após a vacinação.  “O uso de medicamentos ou antibióticos promotores de crescimento também não são recomendados nesse período pois podem atrapalhar o desenvolvimento da microbiota benéfica da ave“, informa Luiz Valenzuela.

Em um estudo realizado na Wageningen University (Holanda), o pesquisador Dirkjan Schokker concluiu que o uso de antimicrobianos em pintinhos de um dia afeta negativamente o desenvolvimento da imunidade intestinal. Isso ocorre devido à perturbação no equilíbrio da microbiota ao impedir a colonização de bactérias benéficas que estimulam a resposta imune.

O especialista explica que o uso de antimicrobianos é comum nos primeiros dias, quando os animais estão sob estresse, devido a fatores externos como a aplicação de vacinas e o transporte da incubadora para a granja. Nesse período os riscos para a saúde das aves são elevados. Porém, existem avicultores que lançam mão de rações com antibióticos promotores de crescimento que, em tese, deveriam diminuir a ocorrência de doenças oportunistas e melhorar a resposta imune. “Como o estudo comprovou o efeito é negativo, logo é preciso pensar em formas naturais de fortalecer as defesas das aves”.

O uso de probióticos multiespécies é uma solução natural promovendo a maturação do sistema imune das aves. Um estudo da Universidade da Geórgia (EUA) mostrou que a forma como a solução probiótica é aplicada também interfere na sua absorção. “A apresentação em gel se mostrou 30% mais eficiente na aplicação. Entre os benefícios do uso de probióticos ainda no incubatório está a hidratação (importante fator durante o transporte das aves), menor risco de disbioses e redução da mortalidade na primeira semana, melhor ação de vacinas, maior ganho de peso e uniformidade do lote“, afirma Luiz Valenzuela.

A ação precoce dessas bactérias benéficas começa pela colonização de vilosidades intestinais, antes mesmo que as aves cheguem aos galpões. “E por que isso é importante? Na granja, as aves terão de lidar com patógenos desafiadores, como Salmonella spp. e E. coli., então, quanto antes forem colonizadas por bactérias que excluam competitivamente as bactérias patogênicas menores são os riscos de contaminação. Os probióticos multiespécies também auxiliam na acidificação do muco onde estão, com a produção de ácido lático que é extremamente benéfico até os 21 dias de vida. A produção de outros metabólitos também é favorecida, como o acetato, o propionato e o butirato. Este último é responsável por inibir a translocação de Salmonella spp dos cecos até o intestino delgado“, complementa Luis Valenzuela.


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