A produtividade da cotonicultura brasileira evolui ano após ano, ajudando o país a se manter entre os cinco maiores produtores mundiais, com 2 milhões de toneladas, ao lado de China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. “O Brasil tem figurado também entre os maiores exportadores mundiais, com mais de 1 milhão de toneladas. O cenário interno também é positivo e o país está entre os maiores consumidores mundiais de algodão em pluma”, explica Wladimir Chaga, presidente da Brandt do Brasil, subsidiária da norte-americana Brandt, uma das maiores fornecedoras mundiais de especialidades para a agricultura.

“O algodão é uma das culturas que mais geram rentabilidade econômica aos produtores do oeste da Bahia. A região de São Desiderio, por exemplo, já obteve o maior Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário do país, com cerca de R$ 1,8 bilhão, segundo o IBGE. Atualmente, a região é responsável por 96% da produção de algodão da Bahia, que é o segundo maior produtor da fibra no Brasil, atrás somente do Mato Grosso”, informa Chaga.

Sendo uma cultura muito produtiva em altas temperaturas, Bahia, Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul são os líderes na produção nacional do algodão em pluma. De acordo com o representante técnico de vendas da Brandt, Eliezer Santana, a qualidade da fibra é definida 80% por genética e 20% pelo clima. “Este ano, a qualidade da fibra colhida no oeste da Bahia foi superior, atingindo o nível mais alto na escala de avaliação da qualidade de fibra: 4.1. Vivenciamos períodos mais ensolarados e com chuvas espaçadas, que não passaram de 1.100 milímetros. O clima propício foi determinante para o estado atingir recorde de produtividade”, destaca Santana.

A Brandt do Brasil está presente há dois anos nos estados da Bahia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e já colhe resultados excepcionais em relação à produtividade do algodão nesses estados. Com o mesmo investimento por hectare e utilizando a mesma quantidade de nutrientes, produtores chegam a colher até 17% a mais de algodão em relação a tratamentos anteriormente utilizados nas propriedades.  Um dos motivos é que a cultura precisa do elemento químico Boro, que deve estar não só presente na planta, mas ser capaz de se translocar para as estruturas de reprodução como o pólen da flor do algodoeiro. “Poucos produtos são capazes de dar essa mobilidade ao Boro na planta a ponto de conseguir chegar nessas estruturas de reprodução, principalmente no pólen. Com o uso da tecnologia BRANDT Manni-Plex B-Moly, conseguimos suprir essa necessidade nutricional, detectada por meio de avaliação visual e técnica com análise de folha. Já tínhamos histórico de bons resultados nos Estados Unidos e sabíamos que era questão de tempo para colher esses resultados aqui no Brasil”, diz Antonio Coutinho, diretor de inovação da Brandt do Brasil.

“O capulho é o fruto do algodoeiro. Para se obter boa produtividade, é necessário que mais flores se transformem em capulhos de algodão, para isso precisamos reduzir a taxa de abortamento das flores. Observamos em algumas propriedades rurais que utilizaram nossas tecnologias um incremento na taxa de fecundação, entorno de 28% a mais em relação à média geral. Com isso, estamos obtendo um aumento de produtividade por hectare muito satisfatório. Originando um case de sucesso, onde no manejo padrão foram colhidas 368 arrobas, utilizando-se as tecnologias Brandt, a produtividade saltou para 421 arrobas, ou seja, um incremento de 53 arroubas/ha a mais”, assegura Samuel Guerreiro, diretor técnico da Brandt do Brasil. 

 O ciclo produtivo do algodão dura cerca de 150 dias. São quase 5 meses entre plantio e colheita. No oeste da Bahia, 100% da safra da região estão colhidos e prontos para comercialização. Os resultados são bastante animadores em termos de produtividade e qualidade da fibra. De acordo com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), na atual safra o estado colheu 1,270 milhão de toneladas de algodão (caroço e pluma), 370 mil t a mais que na última safra. Os produtores utilizaram 263.692 hectares em toda a Bahia: incremento de 30,77% na área em relação à safra passada. 


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